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* * * PENSAMENTO DO MÊS * * *


Tudo o que é belo morre no Homem, mas não na Arte.

Leonardo da Vinci


* * * FRASES MUSICAIS AO ACASO * * *


La Musique avant tout.

Paul Verlaine


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sábado, outubro 28, 2006

MOMENTO MUSICAL
"ESPECIAL SERÃO DO JANTAR DO MURCON"
(gravação nos bastidores...)

DEVIDO À CHEGADA DO MEU D. SEBASTIÃO, TIVE, COMO É ÓBVIO, DE CALAR O I´LL FOLLOW THE SUN.
NOW PLAYING..... "IMPROMPTU IN A BLUE".....
HASTA... AGORA JÁ ME APERALTEI PARA IR AO MERCADO PERSA...


CARRASCA V2.0
EIS A EXECUTORA-MOR!!! (V2.0)...


Propaganda Disfarçada à Casio (recebo 30% comissão)
E EIS O PADECENTE!!!...


Podemos então passar às... execuções... ou seja, aos Autos-de-Ré e muito Dó...... e com a preciosa colaboração do...

"Grande Inquisidor"...


...irmãos, podeis pôr-vos na bicha para o cadafalso... e cuidado, não tropeceis nos degraus do mesmo... e tombeis em cima do b(i)ombo no fosso da orquestra!!!




* Estudo em Fá Maior *
Fritz Kreisler
Int.: O Pai de Aspásia


* 1º INTERVALO PARA PUBLICIDADE DOS PATROCINADORES *







* 2º INTERVALO PARA PUBLICIDADE DOS PATROCINADORES *
(Luís Filipe Costa)



* Sei Finalmente / Linhares Barbosa; Armando Freire (Armandinho) (Fado) *
* Cuesta Abajo / Alfredo Le Pera; Carlos Gardel (Tango) *
Int.: O Pai de Aspásia



* Impromptu in A Blue *
*(Improviso em Lá Azul)*
Comp. e Int.: Aspásia


*** F I M ***

(Já podem retirar o queijo dos tímpanos... masoquistas: aceitam-se pedidos de encores...)

terça-feira, outubro 24, 2006

Lullaby for Little Kittens

Gatinho Dorminhoco

Miiiiiiuuuuuaaaaaaaaahhhhhh... que soniiinhoooooo......



Até amanhã.... Rooooom... Rooooom... ZZZZZZZZZZZZZ...

terça-feira, outubro 17, 2006

LÁGRIMAS por CHOPIN




O LÍRICO

O ROMÂNTICO

O PATRIOTA

O GÉNIO

O PIANISTA VIRTUOSO

O HOMEM FRÁGIL PERANTE O AMOR

O HOMEM ACABRUNHADO PELA DOENÇA

O HOMEM VENCIDO PELA MORTE EM PARIS, EM 17 DE OUTUBRO DE 1849, FAZ HOJE 157 ANOS.

PARABÉNS, FRANCISZEK FRYDERYK CHOPIN

terça-feira, outubro 10, 2006

Teatro Quotidiano I

A Visita do Teclado ou As Desventuras de um Teclado Impotente contra a sua Triste Sorte


Propaganda Disfarçada à Casio (recebo 30% comissão)


EIS A VÍTIMA...


Minitragicomédia quase musical em 1 Acto e n Quadros (a determinar)

Personagens e Intérpretes

Eu – Eu
Meu Pai – Meu Pai
O Teclado – ele mesmo
Um Inoportuno – Anónimo
A Vizinha do 2º E – A Vizinha do 2ºE


Lugar da Acção: Lisboa
Tempo da mesma: Domingo à Tarrrrrrdjiiiiiii……

ACTO ÚNICO

1º (Triste) Quadro




Eu (chego a casa do meu Pai com o novo Keyboard debaixo do braço para fazermos uns ensaiozitos keyboard-violino).

TRRRRIIIIIIMMMMM!!!!

(CRRRAAAC CRRRAAAC – UUUUIIIIIIMMMMMM (ranger); meu Pai abre a porta).

Eu – Olá Pai, cá estou eu. Espere, ponha-me ali este saco que eu trago aqui outra coisa.

Meu Pai – Mas que diabo é isso ?

Eu - Então, é o teclado que já lá esteve a tocar outro dia quando eu estava pior e foi lá. (Aparte - como o meu Pai sabe música e toca violino que é dificílimo, depois amanha-se nos outros instrumentos, como o piano, a viola, a harmónica (esta bastante bem), a flauta, o berimbau as castanholas e o apito de árbitro, que são os principais que eu tenho em casa. A campainha da porta em geral desligo, para os das Dicas e Clixes não me acordarem se estiver a dormir. Também há um cordofone do Togo ou do Mali, mas esse está à espera de ir afinar ao Capella (filho) a quem meu pai há 2 anos vendeu um violino que tinha, fabricado pelo Capella (Pai). O filho, naturalmente entendeu por bem recuperar para a família Capella uma obra do Pai dele, acho muito bem. Até nem lhe saiu caro, que o meu Pai é tudo menos ganancioso. – Fim do Aparte)

MP- Ó filha tu não és boa da cabeça!!! Então trazes para aqui esse monstro sabendo que nesta casa não há lugar para nada? E ainda por cima estás com esse diabo de tosse…

Eu - Tenha calma, tenha calma… olhe, vá lanchando enquanto eu instalo isto ali na casa de jantar. (Aparte – como não trouxe o pername do teclado, improviso um na casa de jantar, com um carrinho de chá desengonçado e o radiador a óleo encostados. Um tapete em cima, depois o keyboard e já está. Chiça, isto abana tudo mais que uma gelatina, vamos lá ver se consigo tocar… mas ao apoiar-me numa prancha de madeira que está presa a uma estante pelo peso de um monitor dos tempos de Max Planck, e a qual por sua vez sustenta o teclado (de PC) do mesmo, PUMBA! Lá cai aquela tralha toda, a prancha, o teclado do PC, uma data de dossiers, folhas soltas, recortes de jornal, postais, lápis, canetas, borrachas e outra parafernália que o meu Pai tem sempre à mão. Precisamente neste interim chega ele à casa de jantar. Eu rio e tusso como uma perdida.)

MP (zangado) - Valha-me Deus! (apesar de ser ateu) Olha o que fizeste! Quem te mandou trazer essa porcaria cá para casa? Já sei que tocas piano!!! Tenho cá as minhas coisas organizadas, tem tu as tuas lá em tua casa, não me venhas para aqui estragar as minhas!!!

Eu (enquanto vou apanhando umas folhas e para ver se ele se entretem) – Olhe, veja lá estas se ainda são precisas. Deixe lá que eu já ponho isto tudo como estava. (Coloco a prancha no sítio). Mas para que diabo são aqui estes dois pregos tão grandes aqui espetados? Ainda se magoa com isto.

MP - Deixa estar isso que é para segurar o tapete do rato, senão cai, porque a prancha está inclinada. Eu tenho tudo feito com inteligência e cá à minha maneira, e está tudo sempre bem, quando cá vens é que está tudo sempre mal… Ele há-de estar aí um cartão grosso que tapa isso para eu pôr aí o pulso.
(Por artes mágicas, um cartão que estava também pregado à madeira, mas se tinha dobrado, voltando a pôr-se na posição inicial, tapa de facto os pregos. Entretanto já se passou meia-hora e ainda não tocámos nada…)

Teclado - (rangendo as teclas pretas: - finalmente entro em cena, que diabo de mãos e de casas onde eu vim cair!!!... Eu que sonhava ser acariciado pela Diana Krall no Pavilhão Sony!… ai, ai… Que barafunda esta! Até fico em “Split Automático” - (personalidade claramente esquizóide)...


'=&=2=R===R!=V===V!==W===W=!=f===!=U===U!==T===T=!=S===S!=b==!
dó dó sol sol lá lá sol fá fá mi mi ré ré dó

(à suivre)

quinta-feira, outubro 05, 2006

Maria Clara

Maria Clara by Aspasia
Desenho à vista que fiz a partir de uma foto da Artista.
(clique para aumentar)

Maria da Conceição Ferreira Machado Vaz, filha de Guilherme Ferreira e de Sorgue Caetano Ferreira, nasceu a 5 de Outubro de 1923, na Travessa das Almas, freguesia da Lapa, em Lisboa, onde viveu a sua infância e adolescência. Em 1942, com 19 anos, já abrilhantava uma peça em cena no Grupo Dramático "Os Combatentes" de Campo de Ourique - onde era já famosa no ping-pong - deitando a casa abaixo com palmas sempre que interpretava as “suas” bonitas canções com uma voz da mais pura e cristalina água, por vezes a roçar o canto lírico.
Pouco tempo depois, num concurso organizado pel´O Século, descobria-se que "Nasceu uma estrêla!" título d´O Século Ilustrado de 18 de Janeiro de 1943, a propósito do êxito sem precedentes alcançado pela jovem cantadeira na opereta "A Costureirinha da Sé", estreada no Porto em 8 desse mês e onde contracenava com António Vilar, Costinha e Luísa Durão, tendo estes últimos de lhe dar um empurrãozinho para ela conseguir entrar em cena...
Foi durante as sessões dessa opereta que Júlio Machado de Sousa Vaz, neto de Bernardino Machado e, na altura, quase professor catedrático, a conheceu e dela não mais se separou até que a morte o levou em 1999, com 90 anos.
Embora o romance não tivesse sido muito fácil, pois, de início, Maria Clara respondia com bastante parcimónia aos convites do jovem professor universitário, casaram ainda esse ano, indo viver para a Rua Anselmo Braamcamp e, depois, para a Rua do Bolhão, no Porto, perto do famoso Mercado onde todas as vendedeiras sempre a trataram carinhosamente por Clarinha.
A 16 de Outubro de 1949, com 26 anos, foi a feliz mamã de um menino sensível e terno, que aos 10 ou 11 anos, muitas vezes a acompanhava aos espectáculos, escutando-a, embevecido, atrás dos bastidores. Que sempre foi ela a sua melhor amiga e conselheira até que a doença no-la roubou a todos, nunca fez segredo o seu filho Júlio Machado Vaz.
Maria Clara, além de ter actuado em numerosos espectáculos na rádio, em revistas e no teatro, gravou centenas de canções de variadíssimos géneros, entre fados, canções ligeiras, marchas, etc., entrando no coração de todos os que tiveram a felicidade de a escutar. Foi uma das “Rainhas da Rádio”.
Do seu vasto reportório podemos destacar títulos como "Figueira da Foz", "Maria Severa", "Marcha do Outono", "Ó Zé Aperta o Laço", "Amor, Não Digas Não", "De Cá Para Lá", "Alfazema do Monte", "A Casa de Santo António", "Barca do Lago", "As Pedras Que Tu Pisas" ou “Canção de Tavira”.
No entanto, quando concorreu à Emissora Nacional, foi reprovada, talvez devido às ideias progressistas de seu marido, o qual tinha sempre o cuidado de a prevenir para não apertar a mão a certa gente...

Infelizmente, Maria Clara não saberá nunca desta pequena homenagem. Aquando do falecimento do seu marido, querendo segui-lo e simultaneamente não deixar o seu filho e netos, o seu espírito partiu com o Dr. Júlio Vaz e deixou para trás o seu corpo entre o carinho dos seus.

Parabéns, Maria Clara.


Marcha do Outono
(António Melo/Silva Tavares)

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