É preciso economizar em tudo... até nas Orquestras!
Um engenheiro de processos ou técnico de produtividade assistiu uma vez a um concerto sinfónico no Royal Festival Hall de Londres. Analisando atentamente o funcionamento, elaborou o seguinte relatório sobre os factos que observou, anotando as correspondentes recomendações para o aumento da eficiência:
1. Durante períodos consideravelmente longos, os quatro operadores de oboé nada tiveram que fazer. O número de operadores deve pois ser reduzido e o respectivo trabalho distribuído de forma mais uniforme ao longo do concerto, eliminando assim “pontas” de actividade.
2. Os doze violinos (por acaso não eram os Doze Violoncelos de Berlim…) tocavam notas idênticas. Isto parece constituir uma desnecessária multiplicação de esforços. O pessoal desta secção deve ser drasticamente reduzido. Se, no entanto, for necessária uma quantidade de som equivalente, poderá ser obtida por meio de aparelhagem electrónica.
3. Verificou-se que se faz grande esforço na produção de fusas, o que parece ser uma complicação desnecessária. Recomenda-se, portanto, que todas as notas sejam arredondadas para a mais próxima semicolcheia. Se se fizer isto, poderá, além disso, utilizar-se maior quantidade de aprendizes e operadores de mais baixa graduação profissional e, portanto, de menor salário.
4. Parece haver demasiada repetição de algumas passagens musicais. As partituras deverão, pois, ser drasticamente revistas e expurgadas. Não parece haver utilidade em fazer repetir pelos metais um trecho já executado pelas cordas. Calcula-se que, se todos os trechos redundantes forem eliminados, o tempo total do concerto poderá ser reduzido de duas horas para cerca de vinte minutos. Além disso, não haverá necessidade de um intervalo a meio do concerto.
5. Considera-se, aliás, que um exame mais profundo do problema poderá trazer ainda outros benefícios.
Parece, por exemplo, haver ainda largo campo para aplicação de uma “atitude crítica” a muitos dos métodos de funcionamento uma vez que são, na maior parte dos casos, tradicionais e não foram modificados há vários séculos.
(Texto de autor desconhecido)
1. Durante períodos consideravelmente longos, os quatro operadores de oboé nada tiveram que fazer. O número de operadores deve pois ser reduzido e o respectivo trabalho distribuído de forma mais uniforme ao longo do concerto, eliminando assim “pontas” de actividade.
2. Os doze violinos (por acaso não eram os Doze Violoncelos de Berlim…) tocavam notas idênticas. Isto parece constituir uma desnecessária multiplicação de esforços. O pessoal desta secção deve ser drasticamente reduzido. Se, no entanto, for necessária uma quantidade de som equivalente, poderá ser obtida por meio de aparelhagem electrónica.
3. Verificou-se que se faz grande esforço na produção de fusas, o que parece ser uma complicação desnecessária. Recomenda-se, portanto, que todas as notas sejam arredondadas para a mais próxima semicolcheia. Se se fizer isto, poderá, além disso, utilizar-se maior quantidade de aprendizes e operadores de mais baixa graduação profissional e, portanto, de menor salário.
4. Parece haver demasiada repetição de algumas passagens musicais. As partituras deverão, pois, ser drasticamente revistas e expurgadas. Não parece haver utilidade em fazer repetir pelos metais um trecho já executado pelas cordas. Calcula-se que, se todos os trechos redundantes forem eliminados, o tempo total do concerto poderá ser reduzido de duas horas para cerca de vinte minutos. Além disso, não haverá necessidade de um intervalo a meio do concerto.
5. Considera-se, aliás, que um exame mais profundo do problema poderá trazer ainda outros benefícios.
Parece, por exemplo, haver ainda largo campo para aplicação de uma “atitude crítica” a muitos dos métodos de funcionamento uma vez que são, na maior parte dos casos, tradicionais e não foram modificados há vários séculos.
(Texto de autor desconhecido)
12 Comments:
Toujours gais! e aqueles angélicos bigodões , com atrevimentos devassos nas bochechas, e delícias ,bem de ouvir, dedilhados sobre enternecedores prolegómenos do sonão..... É de riiirrrrrr!!!!...E de OUVIR.....
Turco Lento
Sim, hoje o sonão tem que ser uma delícia turca e o mais rápida possível... A minha afonia mais não me permite dizer...
Bons sonhos...
So tenho a dizer como futuro ENg. e Gestor Industrial (nome actual para a antiga ENg. de Produção) que nem todos sao aberraçoes culturais´tá?
Olá,
Penso que será uma das próximas medidas do Ministério da Cultura :)))
Nada como ver a nova versão da famosa orquestra - o Duo Gulbenkian.
A questão do quantitize já é há muito utilizada na música pop, com resultados fantásticos. A maior parte das músicas que ouvimos na rádio só vai até à semicolcheia e algumas só até à colcheia.
Em suma, isto sim é gestão de recursos humanos ou como fazer uma omolete quase sem ovos.
Aprove-se.
José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
Eh!eh!eh!tá demais...e o Viktor tem razão,um dia destes as orquestras são duetos...
Beijinhos.
Quintino
Claro que tá, meu bom amigo! E ele há belos exemplos de engenheiros muito cultos noutras áreas alguns até escritores, poetas e músicos! Que dizer por exemplo, de António Gedeão que tão bem soube aliar a Ciência à Arte!
Desejo força e sorte para esse curso!
Um abraço e volte sempre:)
Olá Viktor
Tens carradas de razão... e se calhar ainda ouviremos concertos para Piano e Orquestra em versão Quarteto de Cordas com Piano...;(
Bom início de semana
Kusje
Olá Ni
Obrigada pela visita. E aproveitemos para ouvir enquanto as orquestras não entrarem em extinção... Já visitaste a radiomozart? (põe no Google) Está interessante.
Bjinhos
Delicioso!, um beijo, IO.
olá aspásia
este post está o máximo!!!
loooool
bjs
@:)
OI IO
OI B´
Fico contente por se terem divertido, como eu a fazê-lo...
Não devemos economizar é no riso... faz bem ao fígado e ao resto!
Beijinhos também para vocês:)
Best regards from NY! »
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